Processos trabalhistas relacionados à Tecnologia da Informação têm sido um problema crescente enfrentado pelas organizações atualmente, devido ao crescimento do uso de smartphones e tablets, o que torna difícil o controle dos horários de acessos e de trabalho dos colaboradores.
De acordo com depoimentos colhidos em diversas empresas que adotaram recentemente estas tecnologias, torna-se cada vez mais difícil para os responsáveis do departamento de TI assegurarem que o colaborador não esteja utilizando recursos de trabalho, como e-mails e sistemas, fora do horário comercial. “Esta atitude pode caracterizar uma situação de hora extra ou plantão”, alerta Mauro Pimentel, gerente de Soluções na Gêneses IT. “A fácil comprovação do uso desses recursos tem sido cada vez mais utilizada em causas trabalhistas para demonstrar este trabalho extra.”.
Para combater este problema, a TI tem ao seu alcance instrumentos para prevenir este tipo de conduta e comprovar tecnicamente que recursos usados fora do expediente ocorrem de maneira irregular. Tais recursos são gerenciamento e controle de horários e locais de acesso, autenticação centralizada de dispositivos mobile, documentação compatível e aprovada pelos principais órgãos de auditoria e leis trabalhistas, entre outros. Muitos destes já ajudaram diversas empresas a se protegerem de forma rápida e fácil.
Atualmente, muitas empresas ainda recorrem a metodologias tradicionais de controle de horário de trabalho, como relógio de ponto, proibições de uso de smartphones e sistemas “off-line”. Apesar de serem efetivas no controle de uso de recursos, estas metodologias já começam a conflitar com o perfil do novo colaborador, que precisa estar sempre conectado e almeja a liberdade para expandir seu trabalho além dos limites físicos da empresa. “A T.I. acaba sendo erroneamente responsabilizada ao provisionar possibilidades pouco gerenciadas de acesso e trabalho, por meio do avanço tecnológico natural”, opina. “Adotar políticas restritivas de acesso já deixou de ser a melhor maneira de proteger a empresa e passou a ser um fator contra a própria evolução tecnológica, privando os colaboradores dos benefícios desta evolução.”
Foto: Google