Com adoção em crescimento no Brasil, a computação em nuvem permite o acesso sob demanda de um conjunto de recursos compartilhados e configuráveis, como redes, servidores, armazenamento, memória, processamento, aplicações e serviços. Tais recursos utilizam um esforço mínimo de gerenciamento e interação com o provedor de serviços.
De acordo com o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST), para ser considerado computação em nuvem, o modelo deve seguir algumas diretrizes, como possuir meios de autosserviço e serviços por demanda (On Demand), ter elasticidade – ser capaz de expandir a capacidade rapidamente -, ter consumo mensurável e ter a possibilidade de ser usado a partir de qualquer lugar.
Apesar de o primeiro serviço formal de nuvem para cliente final ter sido registrado nos Estados Unidos ainda em 1999, a partir da aquisição dos direitos do sistema criado por um estudante sueco, no Brasil, esta tecnologia ainda é recente. “No entanto, ela está se tornando madura muito rapidamente”, afirma Mauro Pimentel, Gerente de Soluções Cloud da Gêneses IT Consulting. “Empresas de pequeno, médio e grande portes têm adotado a tecnologia gradativamente.” No País, a computação em nuvem passou a ser comercializada oficialmente em 2008, mas teve um crescimento de demanda apenas quatro anos mais tarde.
Pimentel explica que atualmente existem soluções de nuvem que atendem praticamente todas as necessidades tecnológicas das organizações. “Desde o pequeno negócio, que inicia a utilização de nuvem com o objetivo de diminuir os custos iniciais em tecnologia, até as corporações globais que buscam flexibilidade e escalabilidade para enfrentar os desafios de processamento de dados com volumes cada vez maiores”, descreve. E sem perder a agilidade e segurança essenciais para tal. A princípio, as opções que trazem benefícios rápidos e tangíveis são as soluções de e-mail, o armazenamento de dados, os servidores virtuais e a hospedagem de aplicações e sites.
O especialista comenta que quanto mais custosa é a manutenção de estruturas convencionais de TI, mais promissora é a utilização da nuvem. Isto porque a possibilidade de criação de ambientes híbridos (computação em nuvem associada à convencional) tornou a migração para o novo serviço um processo gradual e sutil. “Não há a necessidade de se efetuar grandes mudanças para se desfrutar dos benefícios da nuvem; as alterações podem ocorrer naturalmente, de acordo com a transição cultural envolvida.”
Dentre os desafios que a adoção da nuvem traz, estão a total dependência da internet e a limitação pela banda de rede. Além disso, o novo serviço significa uma mudança de paradigmas em relação à segurança de dados, que também exige uma adequação cultural grande por parte dos indivíduos.
A Gêneses listou as principais vantagens que a nuvem oferece. Confira abaixo:
- Não é mais necessário se preocupar com a infraestrutura para suportar o serviço que se deseja, como licenciamentos de sistemas operacionais e configurações de equipamentos;
- As atualizações de softwares passam a ser automáticas e transparentes;
3. O compartilhamento de dados e a configuração de acessos tornam-se tarefas mais fáceis, já que ocupam o mesmo ambiente;
- Maior facilidade em prever gastos e consumos, o que gera um melhor controle financeiro;
- Redução (e até a extinção) de problemas derivados das estruturas físicas;
- Economia de energia, espaço físico, refrigeração e, consequentemente, maior consideração e preservação em relação ao meio ambiente.
Início – O estudante sueco Fredrik Malmer foi pioneiro em desenvolver um serviço na internet que oferecesse um ambiente operacional para seus usuários, por meio das linguagens XHTML e Javascript. No final dos anos 1990, a empresa WebOS Inc., localizada nos Estados Unidos, adquiriu os direitos do sistema e passou a licenciar tecnologias desenvolvidas nas universidades do Texas, da Califórnia e de Duke.
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